A vida é um fenômeno assombrosamente
maravilhoso...são os universos de possibilidades que tornam o Universo
um só, e faz de nós pequenas células em sua luta pela sobrevivência, uma
luta eterna e incessante. Nem mesmo nos permitimos saber o motivo de
existir semelhante espetáculo, que o teria criado, quando, de que
forma...algo que é totalmente desnecessário, por sinal. Aliás, o que
realmente é necessário? Viver é necessário? Morrer é preciso?
Buscar a
essência do Universo é uma tarefa em que muitos já mergulharam
profundo, muitas vezes sem volta. É quando descobrimos que de nada
adianta nos amarrarmos a traiçoeiras rotinas, pois no fim das contas não
adiantará nada, estaremos perdidos da mesma forma. É quando descobrimos
que regras certas não existem, pois sequer sabemos o que é certo ou
errado, ou se existe alguma certeza em nossas vidas. É quando
descobrimos que a luta pode ser inútil se não sabemos exatamente onde
queremos chegar com ela. É quando descobrimos que sequer sabemos por que
estamos lutando, que sequer sabemos o que é lutar. É quando descobrimos
que de nada adianta buscarmos a perfeição nas pessoas e nas coisas,
pois ela só existe quando completamos ou toleramos as diferenças. É
quando sabemos que todos os dias buscamos e desejamos intensamente
futuros dias melhores, mas que no entanto nunca chegaremos a tal patamar
de vida. Se olharmos para trás agora mesmo veremos o caminho que
trilhamos, e saberemos que já somos vitoriosos HOJE, mas que cometemos o
maior de todos os erros: achar que existe uma VITÓRIA no futuro, que a
taça da felicidade está lá na frente e será eterna. Santa inocência.
Nosso maior proveito está na caminhada para chegar ao destino, a chegada
é mera consequência, e representará um novo começo. Insistimos em
teimar que a felicidade durará para sempre, ou que o sofrimento jamais
acabará, sem saber que a todo o momento tudo se transforma. Erra quem
acha que aprendeu o suficiente pelo mesmo motivo, é impossível ser
experiente em um mundo tão inconstante. É quando aprendemos que o
impossível não existe, e que nosso pior inimigo não é aquilo que é
impossível, mas sim aquilo que é improvável. É quando aprendemos que
julgar algo ou alguém é completamente despretensioso. De onde tiraram os
padrões para definir o que estamos fazendo de certo ou não? Da Bíblia?
No Alcorão? Do Almanaque Abril? não. Então, por que motivo nos julgamos
melhores ou piores que alguém. Que grande ilusão. É quando descobrimos
que jamais devemos nos agarrar a uma única idéia, a uma única ideologia,
a uma única instituição, pois nenhuma delas vai favorecer a livre
circulação de idéias ou a capacidade de pensar. Isso vale para a
televisão, para as religiões, para crenças que temos. Sequer deveríamos
acreditar que o Sol nascerá no dia seguinte, o que dizer limitar nossa
capacidade de enxergar mais além. É quando descobrimos que não há maior
praga que o egoísmo. E que não há nada mais belo que o AMOR verdadeiro.
Sendo
assim, para que buscar a fórmula para viver bem, se dia após dia ela se
renova? Passaremos nossas dores e nossas glórias, e sofreremos todos os
dias uma grande transformação. Deveríamos deixar de olhar o mundo com
olhos tão submissos, e provocar a essência da vida sem carregar o peso
da culpa, deveríamos saborear cada novo dia sem medo, e fazer de cada um
deles uma vitória única e inesquecível.
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