segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ainda somos os mesmos?

É possível distinguir uma pessoa, a não ser pelos tradicionais e limitadores estereótipos de sempre? Difícil tarefa...
Acredito naquela idéia de que "sempre deixamos um pouco de nós em cada pessoa, e sempre levamos conosco um pouquinho delas". A verdade é que somos como um rio. Somos sempre os mesmos, mas nunca somos os mesmos (que confuso, não?).
Eu não deixei de ser eu mesmo, mas não sou a mesma pessoa que eu era há uma década, há um ano, há um mês, há um dia, há uma hora, há um minuto, há um segundo...e essa é a característica mais interessante de todos nós, seres humanos. Somos seres em constante transformação e mutação, e qualquer fato ou acontecimento, ou simplesmente a falta deles é o suficiente para nos modificar. São várias as células do nosso corpo que morrem para dar lugar a outras. Vários seres vivos que morrem para dar vida a outros.
Temos até mesmo a capacidade de nos renovar nossa vida por completo, de nos incendiarmos para ressurgirmos das cinzas...e no entanto, cada vez mais estamos caminhando na busca por uma  estabilização de uma versão de nós mesmo que acreditamos ser a padrão, de modo a montar um bonito portifólio para ser mostrado para os outros...mas o que somos nós senão seres em incrível, frenética e constante modificação, com uma infinitude de sentimentos, desejos, emoções, experiências, alegrias, tristezas, doenças, capacidades, fraquezas...
Por isso, deixemos de nos preocupar com o que somos. Temos muito mais que o suficiente para vivermos, e tenho certeza que nossa missão principal é causar mudanças em todos os sentidos. Queiramos ou não, nossa vida faz diferença para todas as outras. Saibamos fazer com que essa transformação seja positiva na vida de cada um que passar por nós e saibamos compartilhar nossas vidas com os seres imperfeitos que estão ao nosso redor. No final das contas não vai interessar se você é moreno ou loiro, gordo ou magro, inteligente ou ignorante, se seu nome é Francisco ou Pafúncia, se estuda Comunicação ou joga futebol....a vida é muito mais que a busca por esses estereótipos. A vida é uma transformação que nunca acaba, e façamos dessa transformação uma maneira de transformarmos nosso sentido de vida e o rumo de nossa existência. A normalidade não permite isso...mas quem ainda dá razão para a normalidade por aqui?

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